13/08/2014 -Quarta-Feira
19:00 - “Vermelho em Branco e Preto” “Vermelho em Branco e Preto” transita o universo dos anseios dos anos 70 em uma busca transformadora das situações vividas para uma atualidade inegável, tendo como ponto de partida contos selecionados do livro “Morangos Mofados” de Caio Fernando Abreu. Em “Vermelho em Branco e Preto” o universo dos contos de Caio é exposto em um jogo cênico onde os intérpretes trazem para a cena algumas vivências descritas no livro. O MOFO nomeia a primeira parte da peça, assim como também a primeira parte do livro, e nesse momento medo, a insegurança e a restrição de liberdade dominam as cenas. Na segunda parte da peça, os MORANGOS (como também a segunda parte do livro), são permeados por uma imensa dor e por um jogo de desequilíbrios psicológicos. Aspectos das relações humanas, retratados pelos contos, guiam a dramaturgia do espetáculo. As cenas são construídas por partituras corporais, embaladas por canções que permearam a época da escrita do livro. DIREÇÃO: Danilo Alves ROTEIRO: Cléber Tasquin ELENCO: Caio Nespolo; Danilo Neves; Dayane Pazinato; Yago Colonhese 20:00- 21:30 Exibição do documentário Cassandra Rio – A safo de perdizes. Sobre o documentário O projeto de “Cassandra Rios: a Safo de Perdizes” nasceu do desejo de não apenas relembrar a trajetória de Cassandra Rios, mas também apresentá-la às gerações atuais. “Cassandra foi a primeira autora a abordar o lesbianismo de forma aberta na literatura brasileira, tendo começado a publicar em 1948, e a primeira também – espantosamente – a falar da mulher como um ser sexual, que tinha desejo”, conta Hanna. Para a realizadora, o documentário é dirigido “a todos os jovens que nunca ouviram falar dela e também aos mais velhos, que lembram mas faz tempo que não pensam nela”. “Está mais do que na hora de começarem a repensar a contribuição heroica que essa mulher fez ao movimento LGBT e à literatura em geral”, defende. Sobre Hanna Korich Paulistana, advogada e graduada em Comunicação Social com especialização em Rádio/TV pela Faap, fez parte do Conselho de Atenção à Diversidade Sexual do município de São Paulo representando as lésbicas. Em 2008, junto com Laura Bacellar criou a primeira e única editora lésbica da América Latina – Editora Brejeira Malagueta www.editoramalagueta.com.br. Escreveu junto com Laura Bacellar e LúciaFacco o Livro Frente e verso, visões da lesbianidade, publicado pela Editora Malagueta em 2011. Foi colunista do site Dykerama, apresentadora, produtora e roteirista do programa de TV por internet As Brejeiras. Sobre Cassandra Rios Cassandra Rios, nascida Odete Rios em 3 de outubro de 1932 no bairro de Perdizes, São Paulo, foi sem dúvida a escritora mais importante para a literatura lésbica no Brasil. Autora muitíssimo lida, responsável por sucessos de público mais expressivos que os livros de Jorge Amado, chegou a vender mais de um milhão de exemplares nas décadas de 1960 e 1970. Retratou as lésbicas, o submundo homossexual em São Paulo e os dramas vividos por quem pertencia às minorias. Muitos de seus livros foram considerados pornográficos, tendo 36 (entre seus mais de 70 títulos publicados) sido censurados pela ditadura militar e recolhidos da praça. Seus livros estão esgotados, havendo apenas quatro títulos em catálogo, e sua carreira de desafios é desconhecida das gerações mais jovens. |